Todas as grandes empresas de tecnologia contam com funcionários extremamente qualificados. Muitos deles graduam-se nas melhores instituições de ensino do mundo mas isso não quer dizer que formação universitária é obrigatória: companhias como Apple e Google já não hesitam em priorizar experiências ou habilidades específicas no lugar de diploma.
Isso não quer dizer que essas companhias abrem mão da qualificação. O que o levantamento da Glassdoor mostra é que, se o candidato possuir um conjunto de habilidades condizentes com o cargo, ele poderá ser contratado mesmo se não tiver diploma universitário.
A Apple, por exemplo, valoriza bastante a experiência do candidato, não importa se ele a obteve em um ambiente acadêmico ou em outras empresas.
O caso do Google é bastante interessante. Sergey Brin e Larry Page conheceram-se na Universidade de Stanford quando estudavam para obter doutorado em ciência da computação. Eles praticamente criaram o Google dentro dos muros da instituição. Nos primeiros anos, eles trataram de fazer a companhia lembrar uma universidade, tanto na cultura interna quanto nos espaços físicos.
Essa abordagem ajudou a Google atrair jovens talentos que vislumbravam a chance de fazer carreira em uma companhia com cultura interna não tradicional. Mas o nível de exigência era elevado, fala-se que, por muito tempo, o Google fazia questão de só contratar funcionários que viessem de universidades de primeira linha e que, além disso, tivessem notas altas.
“É a capacidade de aprender. É a capacidade de processar na hora. É a capacidade de reunir diferentes tipos de informações”, completou Bock. Não considerar apenas diplomas nas contratações tem sido uma prática de boa parte das grandes empresas norte-americanas, mas parece ser mais importante para as gigantes de tecnologia: muitas delas têm dificuldade para preencher vagas e, no processo de busca por talentos, já perceberam que nem sempre um currículo acadêmico impecável é sinônimo de bom desempenho profissional.