O amor pode parecer um milagre, um acontecimento mágico ou um fenômeno transcendental – e em muitos sentidos ele de facto é. Poetas, compositores, romancistas e filósofos tentaram explicar ou significar o que acontece connosco quando nos apaixonamos.
Para além do sentido mais profundo e poético, fisiologicamente para o nosso corpo o amor é um turbilhão de fenômenos químicos que provocam reações incríveis através de nosso sistema nervoso e hormônios que causam sensações subitamente, e nos altera a consciência e o funcionamento.
A sensação de euforia, através de químicos naturais como a dopamina, ocitocina e adrenalina, de fato aproxima o amor do efeito que uma droga pode nos causar – e, assim como a droga, o amor é inebriante e viciante.
Assim, separamos aqui 6 efeitos de “invasão” química e hormonal sobre os nossos corpos.
- Bochechas coradas, suor nas palmas, coração acelerado.
Calor, suor, pupilas dilatadas, bochechas coradas e coração a disparar : sintomas claros de momentos de extrema e, ao mesmo tempo, deliciosa tensão que o amor pode nos provocar.
Uma descarga intensa de adrenalina e noradrenalina provocam reações, na paixão, similares a da ansiedade diante de um compromisso importante – e também provocam desejo. É nessa hora que seu corpo fica intensamente ligado à pessoa por quem estamos apaixonados.
- Adora o cheiro dele
Aquele cheiro delicioso e irresistível da pessoa amada, que às vezes só mesmo você é capaz de sentir, é causado pelo feromônio, químicas do odor que os animais lançam para atrair outros animais. Basicamente, isso altera nossa própria química e, com isso, sentimos intensa atração sexual.
- Sensação de vício
Apaixonar-se é efetivamente similar a usar uma droga – e, como tal, pode provocar a sensação do vício químico, através desses elementos causadores da euforia. E, como as drogas, quanto mais se está perto da pessoa amada, mais se quer continuar perto. A química não tem explicação lógica. Afinal, é biológica. É a tal aura transparente que os torna tão apaixonados um pelo outro. Continuem assim, sempre juntinhos, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza.
- Conversam com muito mais prazer
Os anos passam e em vez de ficarem entediados, passam a apreciar cada vez mais a companhia um do outro e as conversas que têm. É natural, já que desenvolveram muitas afinidades. Mas é a química que ajuda a que não queiram procurar outra fonte de entretenimento.
- Quanto mais íntimos, mais divertidos e relaxados
Sim, agora é tudo muito mais à vontade. Já não têm vergonha um com o outro. Conhecem-se biblica e intelectualmente falando. E tudo isso ajuda a uma maior libertação. Claro que o “novo” também suscita curiosidade, mas a sensação de segurança que transmite o já adquirido é muito mais relaxante. Por isso, é mais fácil deixar soltar uma gargalhada, uma lágrima ou até um segredo.
- Nosso cérebro acende
Diversos estudos comprovaram que o amor, a presença ou mesmo a sugestão da pessoa amada, através das químicas da euforia e do prazer, fazem com que nosso cérebro se “acenda” em diversas de suas regiões. Prazer, motivação e força são reações desse fluxo intenso de dopamina e outras substâncias químicas, provocando o mar de sensações que o amor nos traz.
Todos esses efeitos da química do amor, portanto, se revertem em reações físicas conhecidas dos apaixonados em geral. E ainda que sejam inevitáveis, algumas dessas reações não são exatamente agradáveis – especialmente quando estamos tentando impressionar outra pessoa, muitas vezes também enfrentando as mesmas reações. Mas envolve-te na química e deixe o amor falar mais alto. ame, ame, ame.