Um estudo da Global Entrepreneurship Research Association revela que vários países desenvolvidos da Europa, apresentam índices muito baixos de mulheres empresárias, ficando atrás de países ditos subdesenvolvidos, como Angola, Panamá ou até Arábia Saudita.
O crescimento do mercado do empreendedorismo no mundo, e sobretudo nos países em desenvolvimento, tem-se acelerado e a prova disso é que nos últimos anos surgiram cada vez mais incubadoras, aceleradoras e eventos.
De acordo com um estudo realizado em 43 países e territórios pela Global Entrepreneurship Research Association, as mulheres empresárias são especialmente comuns em países em desenvolvimento como Angola, bem como em países desenvolvidos da Península Arábica, como a Arábia Saudita, Omã ou Kuwait e nas Américas, em países como Panamá, Chile e Estados Unidos. Por outro lado, muitos países desenvolvidos da Europa têm taxas muito baixas de mulheres empresárias, de acordo com o estudo.
Os pesquisadores distinguem esse empreendedorismo entre o empreendedorismo impulsionado pela necessidade, que pode ser causado pela falta de oportunidades de emprego formal em um país, e o empreendedorismo impulsionado pela inovação, que existe em países com mercados de trabalho formais bem desenvolvidos.
Em Angola, mais de 50% das mulheres adultas entram para actividades empreendedoras (número que é ligeiramente superior à taxa dos homens), seguindo-se outros países de baixa renda, como Epgito, com 5,4%, e Marrocos com 4,5%.
Fora da linha africana, os países europeus tiveram um desempenho “extraordinariamente mau”, com a Itália com a segunda menor taxa de empreendedorismo feminino, à frente da Polónia com 2,4%.
Nos países desenvolvidos, a taxa de empreendedores homens é de 50 a 100 por cento maior do que as empreendedoras, sendo que países como o Alemanha e Espanha são os que mais avançaram no crescimento e redução da disparidade entre homens e mulheres, com menos de um ponto percentual de diferença entre os dois sexos.