O tremor no olho é um termo usado pela maioria das pessoas para se referir à sensação de vibração na pálpebra do olho, em termos técnicos é chamado de mioquimia. Esta sensação é muito comum e normalmente acontece por causa do cansaço dos músculos do olho, sendo muito semelhante ao que acontece em uma câimbra em qualquer outro músculo do corpo.
Na maioria dos casos, o tremor dura um ou dois dias, mas existem casos em que isto ocorre por algumas semanas ou meses, tornando-se em um grande incômodo. Nestas situações, deve-se consultar um oftalmologista ou um clínico geral, pois também pode ser sinal de problemas de visão ou infecção.
Além disso, existem situações em que acontece o tremor somente do olho, e não das pálpebras. Quando acontece isto é chamado de nistagmo, que é mais difícil de identificar do que o tremor na pálpebra, e é verificado por um médico em um exame para diagnosticar problemas de saúde como labirintite (infecção no ouvido), alterações neurológicas ou deficiências de vitaminas.
Embora o tremor seja causado pelo cansaço dos músculos do olho, existem várias causas que podem contribuir para essa situação, e que incluem:
- Excesso de Stresse
O estresse provoca várias alterações no organismo, especialmente no funcionamento dos músculos, devido à acção dos hormônios que são liberados. Desta forma, os músculos menores, como os das pálpebras, podem sofrer maior acção desses hormônios, movimentando-se involuntariamente.
- Poucas horas de sono
Quando se dorme menos de 7 ou 8 horas por noite, os músculos dos olhos podem ficar bastante cansados, pois precisaram estar em funcionamento durante várias horas seguidas sem descanso, aumentando também a liberação dos hormônios do stresse. Quando isso acontece, as pálpebras ficam mais fracas, originando tremores sem razão aparente.
- Falta de vitaminas ou desidratação
A falta de algumas vitaminas essenciais, como a vitamina B12, ou minerais, como o potássio ou o magnésio, podem provocar espasmos involuntários dos músculos, a incluir as pálpebras. Além disso, a pouca ingestão de água também pode levar a desidratação, que enfraquece os músculos e pode causar tremores.
Também vale lembrar que pessoas com mais de 65 anos ou que seguem uma dieta vegetariana têm maiores chances de ter falta de alguma vitamina essencial, podendo apresentar mais frequentemente tremores.
- Problemas de visão
Os problemas de visão parecem bastante inofensivos, mas podem causar vários problemas no corpo como dores de cabeça, cansaço excessivo e tremores no olho. Isto acontece porque, os olhos trabalham em excesso para tentar focar o que se está visualizar, e ficam mais cansados que o habitual
- Consumo de café ou álcool
Beber mais de 6 xícaras de café por dia, ou mais de 2 copos de vinho, por exemplo, pode aumentar as chances de ter tremores nas pálpebras, pois o organismo fica mais alerta e desidratado.
- Alergias
Pessoas que sofrem com alergias podem ter vários sintomas relacionados com os olhos, como vermelhidão, coceira ou produção excessiva de lágrimas, por exemplo. Porém, ao coçar os olhos, uma substância, conhecida como histamina, que é produzida em situações de alergia, pode chegar nas pálpebras, provocando tremores.
- Alterações do sistema nervoso
A principal alteração nervosa que pode causar o surgimento de tremor nos olhos é o blefarospasmo, que pode afectar ambos os olhos e produzir um movimento repetitivo das pálpebras.
Além disso, esta alteração também pode surgir em apenas um dos olhos, quando um vaso sanguíneo cria pressão sobre o nervo facial, causando um tremor, conhecido como espasmo hemifacial, que também pode acabar afectar os músculos do rosto.
É aconselhado consultar um oftalmologista ou um clínico geral quando: Surgem outros sintomas como vermelhidão do olho ou inchaço da pálpebra; A pálpebra fica mais caída que o normal; As pálpebras fecham completamente durante os tremores; O tremor dura mais de 1 semana; O tremor afecta outras partes do rosto.
Nestes casos, o tremor poderá estar a ser causado por uma infecção do olho ou problemas nos nervos que inervam o rosto, que devem ser identificados precocemente para facilitar o tratamento.