Realizou-se este mês de Outubro vários eventos de moda, entre os quais, a Moda Lisboa que deu espaço ao Sangue Novo, a 45.ª edição Portugal Fashion entre os dias 15 e 17, numa edição dedicada aos 25 anos de existência.
Foram apresentadas as coleções SS21, onde estiveram no total 27 modelos Elite, dos quais quatro estrearam-se a desfilar para os diversos criadores e marcas, incluindo a plataforma Bloom Portugal Fashion.
Os modelos angolanos Janina Tati e Yanick Gil estrearam-se na 55.ª edição da Modalisboa em vários jardins do Parque Eduardo VII. A presente edição do evento mais mediático da moda lisboeta foi a primeira sem estação associada, num formato completamente diferente, pensado a partir da conjuntura que se vive actualmente por conta da Covid-19.
Segundo Sandra Teixeira, gestora de comunicação da Da Banda Model Management, a entrada destes jovens angolanos para o circuito da moda internacional é algo inédito na história da moda angolana, uma vez que, em apenas um mês após o início das suas carreiras, já desfilam em palcos europeus.
A Da Banda Model Management é a mesma agência que assegura a modelo angolana Blésnya Minher, uma das mais promissoras do momento a nível internacional que tem sido presença regular em icónicos desfiles desde 2017, e que, no final de 2019, participou em mais de trinta desfiles para marcas como a Chanel, Louis Vuitton, Carolina Herrera, Valentino, Miu Miu, Paco Rabanne, Chloé, Longchamp e Dior.
Ainda sobre a 55.ª edição da Modalisboa, a angolana Sompa António abriu o desfile de Ricardo Andrez e, ainda, brilhou nas passerelles de Luís Carvalho, Nuno Baltazar, Ricardo Preto e Duarte.
Não só de desfiles viveu a 55.ª edição da Moda Lisboa. Durante o fim-de-semana, a organização montou uma espécie de festival de moda no relvado junto ao Marquês de Pombal. Os convidados estiveram à altura, com destaque para versões descontraídas e despretensiosas do fato domingueiro (estar bem vestido) que, inevitavelmente, chamaram a atenção dos observadores com os olhos clínicos.
Num ano marcado pelo confinamento, a moda não deixou passar em branco e proporcionou uma viagem sem limites. João Sousa virou a página de um passaporte repleto de carimbos e visitou a Grande Barreiral de Coral australiana, pela lente da bióloga Emma Camp. As cores vivas e os folhos ondeantes remeteram para estas matérias vivas. O branco, integral no look que abriu o desfile, uma forma de aludir ao aspecto que ganham depois de mortos.
Um dos desfiles mais aguardados de todas as edições do Moda Lisboa é sempre o de Nuno Gama. O estilista não se limita a mostrar as suas peças na passarelle e não dispensa apresentações teatrais.
Nuno Gama optou mesmo por não apresentar nenhuma colecção. Vivemos tempos complicados, desafiantes e não sabemos o que está por vir e, por esta razão, o designer optou por apresentar uma reflexão. Durante este momento, vários modelos desfilaram pelo miradouro do Parque Eduardo VII envergando apenas uns boxers pretos. Na fonte, dentro de água, estava o bailarino Bruno Parda a interpretar uma dança abstrata.